O que está provocando as críticas em massa
O modo gratuito de battle royale da franquia, Battlefield REDSEC, lançado com a primeira temporada de Battlefield 6, já acumula uma esmagadora maioria de análises negativas no Steam — com apenas cerca de 37 % de avaliações positivas entre mais de 1.200 resenhas. A seguir, os principais motivos levantados pela comunidade.
Modos obrigatórios e progressão forçada
Um dos maiores pontos de tensão é que muitos dos desafios semanais do passe de batalha principal de Battlefield 6 requerem que o jogador participe de partidas em REDSEC. Isso significa que jogadores que querem apenas os modos tradicionais se sentem “obrigados” a entrar no battle royale — mesmo que não gostem desse estilo.
Como um review no Steam afirmou:
“This is not why I bought Battlefield 6.”
Muitos jogadores dizem que a progressão do passe fica significativamente mais lenta se eles evitarem REDSEC — o que é visto como uma manobra comercial frustrante.
Falta de modo solo e matchmaking problemático
REDSEC foi lançado sem opção de solo queue, permitindo apenas duos ou esquadrões de quatro jogadores. Isso desagrada quem prefere jogar desacompanhado ou com amigos fixos — o resultado é usabilidade reduzida, partidas descontínuas e experiências “bagunçadas” com companheiros desconectados ou desconhecidos.
Além disso, há reclamações de que o mapa e o ritmo de “drop” são muito próximos de outros BR populares, o que corrói o que muitos esperavam como “identidade Battlefield” própria.
Problemas técnicos e identidade perdida
Jogadores citaram bugs de instalação, perfomance instável (queda de FPS mesmo em hardware compatível) e sensação de que o modo é uma cópia de franquias como Call of Duty: Warzone — mas sem os refinamentos.
Também há a crítica de que a estética e mecânicas de BR com loot rápido e “drop-in/out” não se alinham bem com a proposta clássica de guerra massiva da série Battlefield. Como apareceu em análises:
“Another garbage Warzone clone, we don’t need more battle royales.”
Expectativas vs realidade
Antes do lançamento, muitos fãs esperavam um BR fiel ao estilo Battlefield: grande escala, destruição ambiental, veículos enormes — mas o que encontraram foi um modo mais compacto, com ritmo acelerado e foco em competições rápidas. A discrepância entre expectativa e entrega agrava o descontentamento.
O que o estúdio precisa consertar — e se há futuro para REDSEC
Apesar da recepção negativa, não tudo está perdido. Para recuperar a confiança da comunidade, os desenvolvedores precisam agir em alguns pontos-chave:
- Adicionar modo solo ou squads variáveis, para atender jogadores que não formam esquadrões fixos.
- Separar os desafios do passe de batalha de modo que jogar REDSEC não seja obrigatório para progresso no jogo principal.
- Otimização de desempenho: lidar com quedas de FPS, bugs de instalação e compatibilidade (ex: Steam Deck ou PC menos potentes).
- Diferenciação clara, garantindo que REDSEC se sinta como um modo Battlefield genuíno e não apenas “mais um BR”.
- Comunicação transparente, mantendo a comunidade informada sobre correções, roadmap e mudanças de escopo.
Se bem executados, esses ajustes podem transformar REDSEC numa alternativa respeitável no universo dos BR e até ampliar o valor do ecossistema Battlefield. Mas se não houver resposta rápida, há o risco de que esse modo se torne um ponto de queda na reputação da franquia.
